Depois de quinze anos de jejum decidi ir ver pela terceira vez, aqueles que eu considero os reis do rock. Nada mais nada menos que os “The Cult”.Mas vamos lá a um breve resumo que eu quero ir descansar.

Ora bem, a banda que supostamente ia fazer a abertura dos The Cult acabou por não tocar, para ser honesto nem sequer sei qual era a banda. O que sei é que estava ali para ver uma banda que marcou a minha infância e consequentemente demarcou desde logo o meu gosto por rock n’ roll e que em última análise me abriu as portas para sonoridades mais pesadas. Enquanto os putos na minha escola andavam a cantar Onda Choc e Ministars, eu passeava-me pela escola a cantarolar as músicas dos The Cult com o meu primeiro walkman Sony (do tamanho de um pequeno livro, hehehehe a tecnologia nem sempre foi simpática). Apesar de já ter ido a mais de uma centena de concertos em praticamente 20 anos, acabei por revelar alguma impaciência e nervosismo por rever uma daquelas bandas que marcam gerações (ai ai, nostalgia). Falando em gerações, as faixas etárias predominantes eram dos 30’s e 40’s, mas foi com bom agrado que vi muita malta nova, o que prova que esta banda ainda tem muito para dar.

Poucos minutos depois da hora programada lá começou um brilhante espectáculo que se dividiu em duas partes. Na primeira parte, o álbum Love foi tocado na íntegra e de acordo com o line up original do disco. Já na segunda parte foram tocados outros grandes temas, e que eram rapidamente reconhecidos ao som dos primeiros acordes. Em nenhum momento, o já famoso e acolhedor público português se calou e baixou os braços, o que penso que de alguma forma serviu para contagiar o Ian Astbury e os restantes elementos da banda. Aproveito para destacar alguns momentos de completa e total euforia ao som de She Sells Sanctuary, Rain, Hollow Man e Fire Woman, estas músicas fizeram com que literalmente a temperatura subisse. Até o próprio Ian Astubry fez que questão de o mencionar, e aproveito para o parafrasear “It’s Fucking hot in here”.

Já me tinha esquecido das qualidades do Billy Duffy e foi bom estar ali bem pertinho a ver como se toca guitarra.

O Ian Astubry foi interventivo com o público q.b e até presenteou o pessoal da frente com pelo menos duas pandeiretas. Os restantes elementos da banda cumpriram a sua função e ajudaram ao engrandecimento do espectáculo. Resumindo e concluindo, uma brilhante actuação de uma grande banda.

“For Rockers, Ravers, Lovers & Sinners”

Deixo aqui o line up e uns vídeos do concerto gravados por mim.

Line Up:

1. Nirvana
2. Big Neon Glitter
3. Love
4. Brother Wolf, Sister Moon
5. Rain
6. The Phoenix
7. Hollow Man
8. Revolution
9. She Sells Sanctuary
10. Black Angel

Encore
11. Electric Ocean
12. Wildflower
13. Sun King
14. Rise
15. Fire Woman
16. Dirty Little Rockstar
17. Love Removal Machine

Videos:

Electric Ocean & Wildflower

Sun King