15
Ago 09

Vagos Open Air

Mais um Festival para ter em conta, Vagos Open Air. Acreditem, tem tudo para vir a ser um festival de referência no futuro. A primeira edição já se foi, a organização já se manifestou relativamente à continuidade do festival, e eu, tal como quase todas (para não dizer mesmo todas) as pessoas que lá estiveram, unanimemente concordamos. A organização foi de primeira, correu tudo muito bem, tirando um ou outro pormenor negativo e de pouca importância. Na maioria dos casos as poucas debilidades que iam surgindo rapidamente eram sanadas. Para mim a única e grande falha foi a hora ou o número de bandas. Confusos? Eu passo a explicar, os concertos começaram bastante cedo, fazendo com que bandas com alguma relevância tenham tocado ainda de dia. Para quem já anda nisto há algum tempo já sabe a importância que o factor noite tem na actuação das bandas. Cria-se sempre outra atmosfera, outro ambiente muito mais envolvente e que combinado com o jogo de luzes tem desde logo outro peso na actuação das bandas. Isso e a juntar ao facto que pouco depois da meia-noite já os concertos tinham acabado. Acho que se terminassem por volta das 2 já seria bastante bom e ainda dentro da normalidade para este tipo de eventos. Não quero dizer com isto que a animação cessava com o término dos concertos, muito pelo contrário. Quem lá esteve a acampar desde quinta-feira até domingo, sabe bem que animação não faltava na zona das tendas e até bem tarde. Tivemos ajuda das “casotas de comes e bebes” que se instalaram mesmo em frente e que funcionaram como catalisador para por muita gente ébria e para a adjacente parvoíce. Já agora, aproveito para dar um abraço muito especial ao gajo do megafone que me ajudou a relembrar todo o vernáculo ordinário existente. Não se pode dizer que tenha sido especialmente construtivo mas foi de certeza cómico. Regressando ao tema inicial, outra das formas teria sido mais uma ou duas bandas por dia e assim os nomes mais sonantes já tinham começado a tocar de noite. Com tantas boas bandas portuguesas por aí e a precisarem do devido destaque para se darem a conhecer, bem que se podia ter jogado com este factor e ajudar a lançar mais talentos nacionais. O balanço final é excelente, a localização foi muito bem escolhida, as condições também eram boas, os preços eram bastante acessíveis e convidativos. Pelo menos a mim convidaram-me a beber cerveja durante todo o dia e a normalmente acabar lá por volta das 3 da manhã. Não sei quais são os números oficiais relativamente à adesão ao Vagos Open Air, mas no final dos dias a casa estava relativamente bem composta. Mais uma vez o público português recebeu bem as bandas e mostrou o devido respeito que todos merecem. Para variar estou com preguiça e pressa e por isso não vou adiantar muito mais até porque este espaço, que é o meu blog nunca teve a pretensão de ser dedicado a analisar e a dissecar eventos musicais. Quanto muito serviu para dar a conhecer o meu ponto de vista.

P.S. Todas as bandas estiveram muito bem e um abraço especial para os nossos “tugas” que cada vez mais mostram qualidade e vontade de prosperar neste mundo.

Um Hail muito especial para todos os Metalheads que estiveram por Vagos e que ajudam a manter o Metal vivo…Cheers \m/ \m/

publicado por AZAGTOTH às 22:06 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me: Hot As Hell
música: Dark Tranquillity - Punish My Heaven
09
Jul 09

Optimus Alive

 

Este meu cantinho já mais parece um espaço musical do que propriamente o meu espaço de parvoíces, mas verdade seja dita, nem tenho tido muito tempo para escrever. Tem sido uma roda-viva de concertos e os meus textos infelizmente estão a apanhar pó e muitos encontram-se por acabar. Aproveito para fazer um rápido ponto de situação e bem depressinha porque tenho que recuperar energias para o dia que se avizinha. Felizmente este concerto é em Lisboa, mesmo à porta de casa. Já me vou poder reunir novamente com alguns companheiros destas andanças e lá vamos nós para mais uma sessão de muita cerveja com slam e dives á mistura. Só daqui desta zona já vai um grupito de amigos, caras habituais nestes meandros da cena Metal, somos entre 15 a 20 Metal Heads, fora o resto do pessoal que se vai encontrar por lá e que vem de todos os pontos do país. Com um cartaz de peso como este duvido que o Tejo não transborde com a agitação que se vai fazer sentir, um pouco por todo o país os sismógrafos vão disparar. Tenho muita curiosidade em ver como é que os Lamb Of God se vão portar em palco. Felizmente os Metallica aperceberam-se que o pessoal gosta deles num tom mais “old school” e sempre quero ver se este novo álbum se revela suficientemente enérgico e poderoso ao vivo. Relativamente ao resto, já se sabe o que nos espera, mais do mesmo. Ainda no final do mês passado vi Slipknot e Mastodon em Itália no Gods Of Metal. As expectativas para este festival são boas, muito boas…quem se quiser divertir e passar um bom bocado junte-se a nós, quem não quiser...mantenha-se á margem, mas mantenha-se bem.

Cheers…

 

publicado por AZAGTOTH às 00:09 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me: Ready to go
música: Amorphis - Goddess
06
Jul 09

Gods Of Metal - O Rescaldo

É pena que já tenha acabado, mas depois de todas as contas feitas valeu a pena. O saldo é bastante positivo. Não só consegui ver os Carcass como ainda encontrei o Mr. Jeff Walker no centro de Milão. E para os mais incautos, desatentos ou desconhecedores, este senhor é o vocalista e baixista dos Carcass.

Absolutamente fantástico, o culminar de um grande concerto e de uma grande viagem a Itália, Milão e Monza. É claro que nem tudo foram rosas, também nos deparamos com alguns espinhos, mas que em última analise serviram para engrandecer a experiência. Fazendo um breve resumo só para dar ideia dos acontecimentos, o voo estava programado para as 18:55 de dia 26/06/2009 mas devido a sucessivos atrasos só arrancou às 20:10. Nem estávamos a voar á 20 minutos quando subitamente fomos atacados por piratas. Sim, leram bem, piratas, mas não os piratas tradicionais que desviam o avião e o tentam rebentar. Estes piratas eram piratas musicais e a única coisa que tentaram rebentar foi os meus tímpanos. Não acreditam? Então aqui está a prova.

Mesmo com as hospedeiras a apelar para que o mini concerto não se realizasse eles lá continuaram, felizmente os passageiros do avião acabaram por apreciar a insólita iniciativa. Ainda na temática dos concertos, uma foto tirada no Parco Sempione de um bom baterista que estava munido de um leitor de cd's e umas colunas. O homem estava a dar-lhe, muito bom!

O resto da viagem decorreu nas calmas e aterramos dentro da hora prevista. Já em Milão dirigi-me ao Hotel Arco, perto do centro histórico e deparei-me com um cenário dantesco retirado de um bom filme de terror. De Hotel só tinha o nome, já a vizinhança era bem pacata, tinha-se uma agência funerária de um lado e uma padaria do outro.

 

O Hotel era nada mais nada menos que um edifício reformado e adaptado. Ambiente familiar e muito sinistro. Cheguei a pensar que ia acordar na agência funerária e que horas depois os meus ossinhos já tinham sido moídos para fazer farinha na padaria. No dia seguinte mudei de Hotel e fui fazer uma gigantesca maratona por Milão. Mas vamos ao que interessa, o festival propriamente dito. Relativamente á organização só tenho a apontar coisas boas. Tudo funcionou em perfeitas condições, desde as questões relacionadas com a segurança até as áreas de lazer. Tudo estava perfeitamente posicionado e devidamente abastecido de forma a não descurar as necessidades dos milhares de pessoas que por lá andavam. Uma enorme tenda de campanha da cruz vermelha estava montada num dos lados do palco mas felizmente a afluência a mesma foi praticamente inexistente, tirando um caso ou outro de excesso de álcool ou desidratação (dois extremos que nos levam ao hospital, não e irónico?). Muitos locais onde se beber e comer, várias bancas com merchandising oficial das bandas, zonas promocionais com revistas e oferta de cd’s. A típica zona de Guitar Hero também por lá andava, com muita malta a mostrar os seus (pseudo) dotes de guitarrista. Sempre num bom-tom de animação o espectáculo foi decorrendo. Não fazia a mínima ideia que os Italianos eram tão permissivos naquilo que se pode transportar para dentro dos recintos de espectáculos. Se soubesse tinha levado a camera de filmar em vez de a ter deixado ficar a apanhar pó no quarto de hotel. Via-se de tudo espalhado pelo relvado, pessoal com toalhas e a fazerem autênticos banquetes, outros já se encontravam espalhados pelo relvado após um banquete de vinho e cerveja. Até mini tendas para o sol se via, e por muito absurdo que vos possa parecer, fez todo o sentido, porque desde as primeiras horas da manhã que se fazia sentir um calor descomunal. Ás 10:45, hora em que os concertos se iniciaram já se registavam temperaturas na ordem dos 30 graus. Felizmente a organização colocou uma espécie de chuveiros a volta de todo o recinto para o pessoal se ir refrescando. Nem os que estavam lá a frente junto do palco foram esquecidos porque de vez em quando a organização utilizava uma mangueira para molhar o pessoal todo e amenizar o calor que se fazia sentir. Os italianos também mostraram ser um pouco passivos na forma como sentem e vivem a música, mas não quero dizer com isto que não existiram explosões um pouco por todo o lado com muito slam e dives. Pronto, está bem, eu ponho uma rolha e não digo mais nada. Esta chega?

Tirada no Largo La Foppa.

Ainda estou a digerir todo o espectáculo e não tenho muita vontade de escrever, sendo assim deixo aqui um slide com algumas fotos de Milão e do festival em Monza, Gods Of Metal.

 

 

P.S. Enquanto escrevia isto fui a mais um concerto, este já por terras nacionais. Aqui fica mais um belo momento na companhia dos dois guitarristas de Benediction. Respectivamente o Mr. Darren Brookes e o Mr. Peter Rew.

publicado por AZAGTOTH às 19:42 | comentar | ver comentários (2) | favorito
sinto-me: ready for more
música: Carcass - No Love Lost
26
Jun 09

Gods Of Metal

 

 

Já está na hora, tenho que me pirar já para o aeroporto, por isso deixo aqui uma breve descrição do espectáculo que vou ver a Itália, Milão em Monza. Chama-se Gods Of Metal e vai-se realizar nos dias 27 e 28 Junho. Os concertos começam ás 10:40 da manhã, estendem-se por todo o dia com apenas 15 minutos de intervalo entre as bandas que estão distribuídas por dois palcos.

Estou mesmo cheio de pressa, por isso aqui fica mais info sobre as bandas e um vídeo promocional. Cheers…

 

 

 

 

publicado por AZAGTOTH às 12:29 | comentar | favorito
sinto-me: Excitado
música: Kreator - Demon Prince
21
Jun 09

Fod*-se, é um Sapo ou não?

Já que o sapo não me faz um destaque (por razões mais que óbvias), decidi eu fazer um destaque ao sapo! Vai ser um destaque em tom de provocação e a assapar, muito rapidinho porque eu estou com pressa. Mas será que é um sapo? De certeza? Antes de começarmos a aprofundar este tema mais um pouco vamos já fazer aqui uma pequena triagem. Antes de iniciar o teste pedi a algumas pessoas que antecipadamente me respondessem a esta questão e decidi colocar os resultados em adiantado de forma a poder ter já uma base para suportar a minha ideia. Respondam a este mini inquérito e votem. O resultado da votação será aberto noutra página, após o consultarem, regressem que eu já vos explico.

Trivia
Qual dos seguintes nomes significa sapo?

<input ... >Frog
<input ... >Bull
<input ... >Toad
<input ... >Horse
<input ... >

Pois é, meus caros amigos! Afinal tinha razão, até noutra língua a confusão é evidente. Andamos a comer gato por lebre à tempo que chegue, quer dizer, rã por sapo. Vamos de uma vez por todas desmistificar esta confusão e dar a gloria a quem a merece. Mas quem é que a merece? Será o nome do sapo ao qual já nos habituamos e cuja figura hedionda é esta?

Ou será a da bonitinha rã que tem este nome horrível e cuja figura familiar é esta?

Agora basta comparar com este belo espécimen de uma campanha publicitária e tirem as vossas próprias conclusões.

Não me parece bem combinar o nome de um com o corpo de outro só porque fica melhor, mais apelativo, mais engraçado. Efectivamente não me parece que tenha sido esse o motivo, este é um problema que já vem de trás, muito de trás. Desde as nossas manhãs lúdicas a ver a Rua Sésamo, o problema é que foi importado incorrectamente, Kermit the Frog como é chamado nos Estados Unidos é nada mais menos que uma rã, frog = rã, bolas, o que é que existe aqui para enganar? Será assim tão difícil fazer uma tradução correcta? Como é que se passa de rã a sapo e nem sequer se muda de roupa ou de pele? Estaria o tradutor completamente ganzado? Ou apeteceu-lhe medir a nossa estupidez e ver quanto tempo demoraria até que alguém se apercebesse? Dois tipos de discriminação em simultâneo, tanto no nome como na espécie, onde é que está a sociedade protectora dos animais quando é preciso! Já os criadores originais do portal Sapo têm toda a minha condescendência nesta matéria, eles como eu (e muitos de vocês) foram enganados pelo Poupas, o Becas e companhia. Sempre fomos levados a crer que aquela criaturazinha era um Sapito! Não temos culpa, nunca ninguém colocou uma errata no final de cada episódio para que nos relembrássemos de que aquela criatura era mítica, não existe! É como um Unicórnio, que basicamente é um cavalo com um corno na cabeça. Uma rã que é um sapo também não existe, mas quiseram que acreditássemos nela por tempo até demais! Quanto muito poderia ser um sapo travesti, uma indefinição qualquer do reino animal, mas não, (in) felizmente não é isso. Não quero com isto atacar os Blogs do Sapo, o meu actual e único hospedeiro. Sem a vossa confusão também não poderia aqui colocar as minhas confusões (nem me imagino a colocar a tralha num sitio que se chamasse blogs da rã, não soa bem, hã?). O que eu proponho é uma alteração de nome, não só passa a ser um nome mais internacional, como também rima, e a confusão natural a que muitos de nós já se habituaram passa a agradar a gregos e troianos (ou a sapos e rãs). Que tal “The Frog Blog”? Parece bem?

 

Pronto, já me aliviei de mais uma ideia que me andava a perseguir, agora vou acabar a porra do meu próximo post que se chama “Nomes Estúpidos”, bolas, depois de tudo o que disse até cheira a ironia o anúncio do post.

Pronto, está bem, eu não me vou embora sem vos mostrar o resultado da indefinição do reino animal que mencionei um pouco mais atrás, mas desde já vos aviso que a imagem que se segue pode ser chocante. A vossa percepção sobre o mundo pode mudar, não digam que não vos avisei. Aqui vai…

 

publicado por AZAGTOTH às 13:10 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me: Estranho com esta porcaria!
música: Cannibal Corpse - Addicted To Vaginal Skin
17
Jun 09

Fo**-se, 2000 visitantes, cum caral**!!!

 

 

 

Bolas, quem diria que num espaço inferior a 1 ano e com apenas 9 posts efectuados (este é o decimo), eu conseguiria alcançar esta marca! Ultrapassou por completo todas as minhas expectativas, e por isso mesmo estou de parabéns (acho eu). Vou fazer uma festa, aliás, vou antes dar uma! Epa…péssima escolha de palavras, eu queria mesmo era dizer, é que seria uma festa dar uma! Porra, dar uma numa festa…bolas, também não é isto. Chiça que já estou disléxico, deixem-me respirar bem fundo…desta é que é…aqui vai…eu vou é dar uma festa a mim mesmo. Epa, isto também não me esta a soar nada bem. Sabem que mais…caguei na festa. Espero ainda estar por aqui para poder festejar a vinda do visitante 3000, mas vou mesmo esperá-lo, mal entre caio-lhe em cima com um comité de boas vindas e muitas ofertas (ainda tenho que pensar no que será). Meu caro amigo, vai ser completamente bombardeado com ainda não sei bem o quê para que possa fazer algo que ainda não sei e que no fim se sinta bem de alguma maneira, mas sempre na melhor das boas intenções! Sinto que estou em dívida para com todos os que por aqui passam e que realmente param para ler. Eu sei que a relação tempo perdido a ler vs gratificação intelectual se encontra totalmente desfasada, ou até mesmo inexistente, daí a necessidade de existir uma compensação. Não quero que ninguém saia daqui mais leve, quanto muito que levem um sorriso nos lábios, com a satisfação de poderem dizer que sobreviveram a um ataque visceral de todo o tipo de barbaridades e ordinarices, de estupidez in extremis. Vocês conheceram um dos piores antros em termos de conteúdos mas mesmo assim conseguiram lutar e escapar. Mostraram que têm capacidade de discernimento e que não se deixaram afectar pelos mais variados temas aqui abordados. Sendo assim abordem-me vocês e sejam bem-vindos a bordo. Não vos posso garantir que gostem mas ao menos sempre ficam a conhecer um outro ponto de vista. Em breve vou colocar um novo texto, vai-se chamar “Nomes Estúpidos”.

 

Sendo assim me despeço e até breve.

publicado por AZAGTOTH às 02:14 | comentar | ver comentários (3) | favorito
sinto-me: Happy
música: Amorphis - Course OF Fate
14
Jun 09

Pimba Misto

 

Ai pimba, mas que belo pimba que te dava, era pimba a noite toda, pimba pimba pimba. A palavra pimba segundo o nosso grandessíssimo e vastíssimo dicionário quer dizer…nada, népia, nicles…absolutamente nada. Nada mesmo, e nada mesmo porque nem sequer lá consta. Ora bolas, uma palavra tão multifacetada e nem sequer tem direito a um pequeno destaque? Mas porquê? Será por causa da conotação de índole sexual que a mesma tem e à qual já nos habituámos? Não creio que seja esse o motivo, se nos dicionários modernos já temos paneleiros, pilas e putas porque não haveríamos de ter um simples e inocente “Pimba”? E olhem que esses três aí atrás são responsáveis por muito do pimba pimba que por aí se dá. Será por ser pimba demais? Para muitos o pimba é sinónimo de parolo, bimbo, etc etc. Para outros é sinónimo de música popular portuguesa, ou seja, a mesma merda mas dita de formas diferentes. Efectivamente não consigo encontrar pimba nas várias secções de música quando vou comprar cd’s. Deveria de estar algures no meio dos ranchos folclóricos e música portuguesa. Temos a capacidade de resumir vários estilos de música a apenas música portuguesa, a nossa capacidade economista no seu melhor. Deveríamos ser mais concisos ou até mesmo sem sisos, desde que aquilo que nos saia da boca, saia com a objectividade necessária. Seja Rock português que se procura ou o último cd da Micaela, tudo tem um estilo, e a organização e a classificação ajudam nessa mesma procura, e se essa forma de classificação passar pela palavra pimba, então por mim tudo bem. Não se pode ter receio de chamar as coisas pelo nome, não se é pimba por se usar a palavra pimba. Agora falando a sério, qual será a origem da palavra e o porquê de tantas interpretações da mesma? Descobri uma utilização para a palavra e que provém do Brasil, utiliza-se para descrever o acto de rematar uma bola, ou como por lá é dito, “pimba na gorduchinha”. Nem será necessário fazer qualquer comentário à interpretação imediata dessa expressão por terras lusas. Nós por cá somos muito mais ambivalentes nos significados que esta palavra tem. Vejamos, temos pimba para definir um estilo de música, temos pimba para definir um acto sexual, temos pimba para exacerbar actos violentos, temos pimba para descrever acidentes e situações cómicas, em resumo, uma parafernália de situações e ocasiões onde a palavra pode ser encaixada. Imaginem bem esta situação bastante comum onde regularmente a palavra é usada, mas não se esqueçam que a palavra pimba tem que ser constantemente adaptada para não soar de forma absurda ou ordinária. “Ex: O gajo ia pela rua abaixo e de repente pimba, acertou-lhe mesmo na cara.” E de repente pimba? Porquê? Levou com alguns genitais vindos do nada na cara? Foi uma violação facial? Claro que não e nós sabemo-lo, adaptamo-la, contextualizamos e facilmente compreendemos. Os vários tipos de pimba podem coexistir entre si, são totalmente compatíveis e podem ser usados múltiplas vezes na mesma frase para definir diversas acções. Mas…existe sempre um mas…e este mas remete-nos para uma combinação pouco provável. Não é que não se possa combinar as duas na mesma frase, mas se o fizermos rapidamente notamos as incongruências. Sim, incongruências, pelo menos para mim apresentam-se como tal, senão vamos lá a ver, sim a ver e não a haver…não quero ter nada que ver ou a haver com este fenómeno musical, vulgarmente conhecido como música pimba. Mas a incongruência propriamente dita prende-se com o facto de não ser possível pimbar ao som de pimba, não é credível, não é minimamente satisfatório. Certamente que deve ser uma experiência traumatizante. A música pimba durante o acto propriamente dito tem um efeito contrário ao do viagra, em vez de reagir à música, levantar-se e bater (ou neste caso sermos nós a bater-lhe) a continência, o que por sua vez leva a um estado de incontinência orgástica, não, quebra o momento. Não existe “sex appeal” musical, é pura e simplesmente ridículo. Hum…se calhar vou sugerir Marco Paulo e outros pimbas famosos da nossa praça para curar os impulsos sexuais dos muitos predadores e pedófilos que por aí andam, parece-me bem. Uma castração musical. Uma impotência sexual injectada por potência de decibéis. Até o próprio nome a denúncia, sim, está escrito no nome, sempre esteve, PIMBA significa, Pénis Insatisfeito Musicalmente Bane Acto. Já o pimba de cariz sexual lê-se da seguinte forma; PIMBA = Partia-te Isso Mesmo Bem Amor, como é notório não são minimamente compatíveis. Se não se está satisfeito como é que se pimba ao som de pimba? “Partia-te isso mesmo bem amor mas o meu pénis insatisfeito musicalmente bane o acto. Não consigo pimba pimba contigo porque a música pimba não ajuda, mas se eu chegar ali ao rádio e pimba, o partir todo, então já podemos passar a noite toda no pimba.” Tudo bem que a música pimba está cheia de referências sexuais, pimba pimba, zuca truca e zumba zumba mas mesmo assim como é que alguém se pode excitar com as frases que se seguem?

- Tiro o carro, ponho o carro à hora que eu quiser;

- O bacalhau quer alho, é o melhor tempero, quem comer alho fica rijo como um pêro;

- Se elas querem um abraço ou um beijinho, nós pimba, nós pimba;

Quanto muito dá para rir, mas isso não significa que seja bom, muito pelo contrário. Não deve ser particularmente agradável estarmos na nossa melhor “performance” e o nosso parceiro estar constantemente a rir-se ou vice-versa.

Tiro o carro? Ponho o carro? Esta analogia barata para descrever a penetração e os respectivos movimentos vaivém, e que inevitavelmente colmatam num vai e vem-se não ajudam em nada. Mas nem tudo é mau, sempre se conseguem retirar alguns elementos positivos, falo como é óbvio do excerto “à hora que eu quiser” (acusem-me de machista à vontade). Isso sim, dava jeito, muito jeito mesmo. Nada como chegar lá e PIMBA, toma lá morangos, e ainda podem escolher se querem com ou sem açúcar (por questões médicas relacionadas com diabetes é claro). Relativamente à segunda frase nem sequer me vou pronunciar, evoco a 5ª emenda, o meu direito de ficar caladinho. Deixo esta questão em aberto para os profissionais já conhecidos e oriundos do Met Set, nomeadamente o representante máximo, a bicha suprema, Mr…bolas, enganei-me, Miss José Castelo Branco.

Errata – onde se lia Met Set deveria estar Jet Set, mas veio-me à cabeça o recorde pessoal do número máximo de pilas em simultâneo no rabo do Sérginho.

Apesar de a música ser completamente ridícula, a última frase bem que se podia pôr em prática no nosso quotidiano. Espelha bem a diferença entre homens e mulheres. Se a mulher procura um momento de algum envolvimento emocional, o homem, qual besta predadora, detecta logo que a presa baixou as guardas e ataca de imediato. Sem dó nem piedade, pimba. Imaginem só as possibilidades e a facilidade com que se pimbava, se elas quisessem um simples abraço, nós pimba, logo ali, nem ai nem ui, nem “com licença deixa-me entrar”. Com licença sim, mas com “licença para pimbar”, ao estilo de 007, “My name’s Misto, Pimba Misto”. Boas maneiras? Engates? Para quê? Regressava-se num ápice aos tempos pré-históricos, bastava existir contacto visual e pimba (mas sem a parte dos puxões de cabelos e arrastões para a gruta). Se elas querem um simples beijinho então nós pimba de novo, isso sim, mas que bom. E ainda por cima as mulheres são todas dadas ao romantismo, e os abraços e beijinhos fazem parte de todo o envolvimento emocional, está implícito, é uma componente quase indispensável e nós deveríamos tirar algum proveito disso.

Homens de todo o mundo, ouçam as palavras sábias dos Reis do Pimba e pimbem até que o carro vos doa… Partilhar

 

 

 

publicado por AZAGTOTH às 16:33 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me:
música: Kreator - Hordes Of Chaos
04
Jun 09

Shit Mix - Parte 2

 

 

 

 

 

O texto que se segue tem um delay de alguns meses pelo que alguns temas vão parecer off topic. Dando seguimento á parvoíce, e que por sinal é muita, vou continuar a aliviar-me. Estão a ver o título? Pois…o texto acaba por ser o equivalente de um rolo de papel higiénico. E com a facilidade com que se caga, assim eu escrevo, acaba por sair sempre merda, merda essa que se agarrou aqui neste pedaço de papel virtual. Desta vez já não peço desculpa pelo tipo de linguagem empregue e por potenciais asneiradas que possam sair. Não vou sequer pedir desculpa pela confusão em que este texto se apresenta, foi assim que saiu. Ideias parvas e dispersas, mas afinal de contas o texto está bem anunciado, por isso não me censurem. Mas vamos lá prosseguir e falar de coisas sérias (Ok, isto era uma piada, sem piada mas era uma piada). Eu por muitas voltas e reviravoltas que dê, muito sinceramente não consigo compreender o fascínio por este fenómeno que tem atormentado a televisão nacional há décadas, falo como é claro das telenovelas, actualmente conhecidas e renomeadas por “Ficção Nacional”. Que é ficção já todos nós sabemos, só é pena é não ser ficção na realidade, um mito urbano que todos nós já ouvimos falar mas que nunca ninguém viu. Uma daquelas histórias que se conta às criancinhas para as assustar se elas se portam mal. Infelizmente a ficção é real e a prova viva disso foi o espectáculo deprimente que a TVI montou e muito originalmente decidiu chamar de “Gala da Ficção Nacional”. Mas que raio de critérios definem uma novela melhor que outra? Para mim é a que tiver menor número de episódios e que tenha uma duração inferior a 5 minutos. O quê? Não existem? Merda, já começa mal. Humm, então e se forem aquelas que são transmitidas às 5:00 da manhã quando a maioria das pessoas já se encontra a dormir? Também não? Foda-se, sendo assim já não tenho mais nenhuma forma de classificar a qualidade das novelas. Mas pelos vistos a TVI tem (e note-se que a produção é “made by” TVI e que não foram contactados organismos externos para determinar qual seria efectivamente a melhor), ou seja, os critérios principais foram determinados pelas audiências, o que se traduz em muito dinheirinho ganho em publicidade nesses horários e que serviu para pagar tanto a medicação, como as plásticas da Manuela Moura Guedes. Quem já viu uma novela, no fundo acabou por ver todas, por assim dizer já desenrolou e enrolou o novelo da novela tantas vezes que o argumento se desfaz mal lhe tocamos! Todas são compostas pelos já habituais ingredientes, tramas, personagens (muitas das vezes até usam os mesmos actores) e a única coisa que muda de novela para novela são os nomes das novelas, os locais e os nomes dos personagens! Mas que originalidade, porra, é só reciclar argumentos e voilà, sai uma novela fresquinha para a mesa 4. Fresquinha salvo seja, não considero o acto de mastigar e regurgitar sinónimos de frescura mas enfim! Será que ninguém tem noção de que isto é um autêntico atentado à nossa inteligência? Isto acaba por ser mais uma tentativa de manipulação e controlo! Uma autêntica forma de desinformação e que serve para nos remeter a um estado vegetal e de total ignorância! Como se não bastasse alguém viu talentos jornalísticos ocultos na Manuela Moura Guedes, sim digo ocultos porque ainda não se revelaram. Temos que levar com a mulher do patrão com aquela bocarra que mais parece a vagina de uma vaca, a parir grandes bacoradas em directo sob a influência de narcóticos e a fingir-se de inteligente em conversas completamente absurdas com os convidados. Cagalhão, hahahaha…esta é uma daquelas palavras incontornáveis da língua Portuguesa, ou então não é, dado que não se encontra no dicionário. Mas é dita em português, e tem uma sonoridade, quanto a mim bastante cómica, mas vamos lá a ver, se o acto de cagar em si não tem piada porque é que uma palavra que descreve o fenómeno faz rir? Será algum fetiche escatológico? Eu nunca ouvi sequer a expressão “cagar a rir”, mas todos já ouvimos o “mijar a rir” e alguns efectivamente já se mijaram a rir. Será do caga? Ou será do lhão? O acto de cagar é uma experiência metafísica, sentimos mesmo parte de nós a libertar-se e a abandonar o corpo (apesar de não ser a alma muitos fazem-no cá com uma alma). Epa…não sei, mas faz-me rir à brava, digam lá aí para vocês que ninguém vos ouve…CAGALHÃO! Antes que comecem já a tirar conclusões precipitadas, deixem-me só esclarecer uma coisa e afastar de uma vez por todas o fantasma da homossexualidade que a esta altura estará a pairar sobre a minha cabeça por estar a misturar cus e prazeres ao mesmo tempo. Eu não me rio com a dilatação do ânus enquanto a matéria fecal atravessa o respectivo canal rectal, nada disso e muito menos na direcção inversa! Eu rio-me sim, mas é com a fonética da palavra e a respectiva conotação badalhoca e cómica da mesma! Nada de confusões my friends…o orifício é de sentido único e não proporciona qualquer tipo de prazer! Será que é mesmo assim? Então para que serve a puta da massagem na próstata que tem levado os homens a orgasmos extremos? Foda-se, isso já é bastante gay para mim, blargh…chega! Epa…cagalhão…oops…cagalhão de novo…hehehehe, não consigo evitar, faz-me rir, digam lá várias vezes cagalhão, é impossível não esboçar sequer um sorriso! Tendo em conta que a conversa finalmente ficou on-topic deixem-me ir tentar finalizar esta merda que já estou com fome, e que tal uma bolachinha shit mix, vai?

Outra coisa que me faz bastante confusão é o facto de toda a gente andar com sacos, saquinhos e sacões. Sejam eles de plástico ou de papel, acho que todos nós já os vimos na mão de alguém! Sejam do Jumbo ou do Minipreço, da Farmácia ou do Talho, da Sapataria ou do Chinês, o saquinho é hoje em dia um acessório quase indispensável. Não que eu ligue propriamente ao conceito de moda mas parece-me um bocado coisa de bimbo, e nem sequer o estou a dizer de uma perspectiva ecológica mas é de facto absurdo. Irrita-me profundamente ver que a evolução da espécie humana e o aproveitamento dos polegares oponíveis serviu para andarmos diariamente a segurar um saco (Darwin deve estar a dar voltas na campa). Usamos as mãos na criação de objectos para nos simplificar o dia-a-dia, e o resultado final é um autêntico retrocesso. Mais uma vez isto leva-me a crer que existe de facto uma conspiração para acabar com a indústria das malas pessoais, mochilas e afins. Para que é que havemos de comprar uma Louis Vitton por 2000 euros se na maioria dos sítios onde vamos nos oferecem uma alternativa gratuita, é claro que existem sítios, nomeadamente supermercados onde nos cobram a módica quantia de 2 cêntimos por cada saquito, mas é este o preço para se estar na moda. Agora uma das questões que me tem intrigado é o porquê da utilização do dito saco. Que conteúdos obscuros se escondem em cada um daqueles saquinhos? Será que são Sacos de Pandora bem protegidos pelos seus donos? Servem apenas para transportar a marmita? Será que estão cheios de papel amachucado e outro tipo de porcarias só para dar a sensação que têm conteúdo e que o respectivo saco transporta um real tesouro? É um fenómeno social? Não sei e talvez nunca venha a saber porque me recuso a aproximar e a tentar descortinar o seu real conteúdo! Uma coisa é certa, de duas mãos disponíveis para criar e tentar ocupar o tempo precioso, que nos dias que correm se revela muito escasso, nós decidimos transportar uma merda de um saco podre com publicidade de uma loja que muito provavelmente já nem sequer existe! Bolas, ninguém se lembra que saco no Brasil significa tomates? Sim, testículos, colhões, vai dar ao mesmo! Se gostam assim tanto do saco então levem-no vocês mulheres de Portugal, não venham pedir o cavalheirismo dos homens porque afinal de contas essa é uma obrigação e/ou prazer vosso. E por aqui me fico, sem nada para fazer, já sei…vou fazer o que sei melhor…coçar o saco!!!!

publicado por AZAGTOTH às 12:41 | comentar | favorito
sinto-me:
música: Avalanch - Papel Roto
10
Mai 09

The Return...

  

Arre porra, chiça merda, pandeireta cagona, peidola javardona, explodes e implodes como se fosses gases vindos da c... Alto lá, mas o que é isto? Poesia parva e ordinária? Nos meus textos?  Não, aqui não! Este, é um já conhecido espaço pela decência e boas maneiras, não quero cá destas coisas. Isto mais parece um cruzamento de música pimba rasca (existe outro tipo?) com anedotas badalhocas que se ouvem nas tascas. Vai de metro Satanás. Mas que maneira de recomeçar, porra, eu sei que já lá vão uns meses em que não fiz qualquer tipo de post mas esta também não me parece ser a melhor maneira de o começar a fazer novamente. Baseando-me no título do meu ultimo post e considerando o tempo que demorei até colocar um novo, podemos dizer que se tratou de uma enorme prisão de ventre. Acho que já tomei a dose necessária de laxante e agora que já tenho uma fraldinha para velhotes devidamente equipada vamos lá começar a cagar…quer dizer…escrever…ou alguma merda assim parecida! Em breve vou colocar a segunda parte do Shit Mix, vai ser mais do mesmo, completamente descabido e sem nexo por isso não criem expectativas muito elevadas quanto à qualidade dos temas.

Agora afastando-me um pouco do tema aproveito para dizer que sem dúvida alguma que esta longa pausa afastado do blog e que coincidiu com uma mudança profissional deram-me tempo para reflectir e conseguir divertir. Consegui reconquistar hábitos que durante algum tempo havia remetido para segundo plano. Mas sem duvida alguma que é mais forte do que eu e lá ando outra vez na roda-viva dos concertos com o belo do copito de cerveja na mão, completamente bêbado a fazer head banging. Recomecei no ano passado com a ida ao Rock n’ Rio para rever Metallica e Machine Head e ao SuperBock SuperRock para rever também os lendários Slayer e Iron Maiden. Escusado será de dizer que rapidamente fui atingido de novo pela sede e adrenalina de outros tempos, e como “old habits die hard”, lá ando eu de novo. Este ano foram os Dew-Scented que me levaram a Mangualde, Kreator no Porto e o Priest Feast aqui em Lisboa. Deslocando-me de novo no tempo, foi no ano passado que recebi com a maior das surpresas a notícia que os Carcass se haviam reunido após um interregno de mais de uma década para tocarem na edição de 2008 do festival alemão Wacken Open Air, escusado será de dizer que estupidamente não fui. Mas agora que se encontram de novo no activo com múltiplos espectáculos por todo o mundo decidi ir vê-los ao Gods Of Metal em Milão, Itália. Esta é uma das bandas que mais definiu a minha personalidade enquanto ouvinte e fiel seguidor de Metal servindo também como uma excelente base para a minha formação musical. Os Carcass são os responsáveis pelo surgimento de um estilo denominado muito apropriadamente de “Grindcore Splatter”. A cada novo álbum lançado conseguiram sempre reinventar-se e demarcarem um estilo único na cena do Metal. Quantas bandas se podem gabar de criarem um estilo? Quantas bandas se podem gabar de ter uma capa desenhada (esculpida) pelo grande génio e de seu nome H.R. Giger? Quantas bandas se podem gabar de ressurgir das cinzas e sem sequer terem um novo álbum no mercado continuarem a encher salas? A banda fala por si e o vídeo seguinte elucida por completo as remanescentes dúvidas que possam eventualmente ter ficado.

Keep On Rotting In The Free World…Hail To The Gods Of Grind!!!

 

 

 

 

publicado por AZAGTOTH às 02:18 | comentar | favorito
sinto-me:
música: Carcass - Heartwork
05
Out 08

Shit Mix - Parte 1

Shit Mix

Eu já tinha prometido a mim mesmo que não voltava a introduzir linguagem obscena e com referências á genitália feminina e masculina nos meus textos. Basta, chega, não tem piada nenhuma. È humor fácil, gratuito e sem qualquer tipo de recompensa humorística (ou o que quer que isso seja)!
Em vez de fazer piadas com caralhadas á mistura, quero tentar ir por uma via mais decente e supostamente mais gratificante. Quero entrar e cair totalmente no ridículo, falar de coisas parvas que me vêm à tola. Humm…eu acho que já fazia tudo isto no passado mas mesmo assim aproveito para marcar uma posição e garanto que vou cumpri-la. Aviso desde já que o texto que se segue não faz sentido absolutamente nenhum e por isso mesmo desde já quero pedir desculpas em adiantado.
Uma das grandes vantagens da idade (senão mesmo a única) é podermos dizer todas as barbaridades que quisermos, quando quisermos e onde quisermos, e no final, ainda sairmos impunes, algumas das quais debaixo de uma saraivada de palmas (vejam bem o caso do George W. Bush, com ele resulta). Estou-me bem a cagar que não gostem, o texto é meu e sou eu que decido o rumo que ele segue (toma toma, nha nha nha nha e chupa chupa). Desta vez o absurdo tomou conta da minha escrita, acabou-se a preocupação com a gramática, com factos, com a realidade politicamente correcta, com os protocolos, com as ditas paneleirices…desta vez vamos ainda mais fundo, vamos ao cerne e ao epicentro daquela que é a actual realidade e semântica Portuguesa. Eu chamei-lhe “Shit Mix” por razões que me parecem óbvias e que mais adiante vou certamente conseguir justificar.
Mas porque raio é que temos a mania que estamos sempre acima de todos? O Português pensa que é sempre o melhor em tudo e que está acima de todos, mas a historia da nossa nação tem provado exactamente o contrário. Não nos podemos continuar a reger pelas conquistas e vitórias passadas, elas aconteceram à séculos porra! Desde então tem sido a decadência total, uma queda vertiginosa que nos transformou num país terceiro mundista. Os nossos antepassados dedicaram um esforço monumental para os descobrimentos e a expansão e nós, os herdeiros, ansiamos por ser descobertos! Está na hora de acordar para a vida e perceber de uma vez por todas que já não somos os grandes conquistadores de outrora. Vamos ver por exemplo o nosso Hino Nacional e tentar perceber a inconsistência do mesmo, a primeira parte é um autêntico devaneio, completamente fantasioso, parece que estamos com uma potente “Trip de LSD” cuja moca nos remete para o passado. Heróis do mar, nobre povo, nação valente, imortal, levantai hoje de novo, o esplendor de Portugal. Já a parte final está muito mais próxima da realidade, vamos lá a ver …Entre as brumas da memória (sim sim memórias, e memórias bem antigas), oh Pátria sente-se a voz (esta voz deve ser resultado do acido atrás mencionado ou então é esquizofrenia paranóide) dos teus egrégios avós (não é bem avós, é mais tipo ancestrais e bem distantes) que hão-de levar-te a vitória (assim de repente não estou a ver qual será a vitoria se nós nem no futebol nos safamos). Ás armas, ás armas (Quais armas? G3 ferrugenta? Em cada 100 balas só 3 atingem o alvo) contra os canhões marchar marchar (ora aqui está uma excelente observação dado que não temos qualquer tipo de armamento e a única solução será marchar). Eu não quero ser mauzinho mas somos uma sombra daquilo que já fomos, já está na hora de acordar para a triste realidade de que não passamos de um povinho presunçoso e pretensioso mas que em termos práticos não faz ponta de um corno. Estamos sempre prontos para tudo e mais alguma coisa e fazemos questão de o mencionar, senão reparem na já habitual expressão que começa grande parte das conversas “Prontos…quer dizer… eu não estava lá, mas prontos, ouvi dizer!” Mas prontos para quê pa? Além de ser uma completa e total mentira está mal dito ou será maldito? Sim! Maldito o dia em que se lembraram de começar a usar essa expressão!
O nosso dia-a-dia está cheio de actos e acções parvas das quais muitas das vezes nem nos damos conta, muitos já o fazem de forma mecânica e nem se apercebem. Já agora porque raio é que quando alguém está a espera do elevador aparece sempre algum idiota e que volta a carregar no botão? E a cada nova pessoa que se junta à espera repete a burrice, será algum ritual bizarro? Será uma espécie de iniciação e aceitação por parte dos demais? Será que me está a falhar algum pormenor e aquilo é uma fonte de prazer? “Tenha um orgasmo enquanto espera pelo elevador”…parece um bom slogan, é pena é não ser verdade! E depois existem os mesmo, mas mesmo mesmo estúpidos que carregam múltiplas vezes em ambos os botões numa ténue mas convicta esperança de que ele reaja ao estímulo e chegue mais depressa…vamos lá a ver se nos entendemos, o facto de carregarem várias vezes não vai fazer com que a merda do elevador chegue mais depressa, muito pelo contrário, quanto muito ainda avariam aquela porcaria e depois toca tudo a ir pelas escadas! Oxalá alguém decida instalar um dispositivo (para efeitos didácticos e recreativos) de ensino com uma descarga eléctrica. Garanto-vos que passava dias a deliciar-me com a estupidez das pessoas que andam de elevador. Eu defendo e apoio totalmente este sistema para castigar a estupidez, um Karma de acção instantânea, aplicado logo ali, mesmo no momento! As coisas não funcionam à bruta e muito menos como nós queremos, temos que ser pacientes, temos que nos adaptar e aprender! Temos que evoluir um pouco mais, o mundo não é só telenovelas e tascas, cartadas no jardim e compras no chinês, ver o Serginho afirmar que não é gay e a confundir o Marques Mendes com um Hobbit! Não...afinal existem muito mais coisas lá fora…espreitem com mais atenção pela janela, limpem a merda de pombo do parapeito, tentem ver através do nevoeiro de poluição e vão ver!
Por exemplo, quando a revista Maria é um Best-Seller em Portugal sabemos que estamos na merda e que literalmente batemos no fundo! O nosso nível de cultura e interesse para a mesma, mede-se imediatamente pelos conteúdos que nos são disponibilizados na televisão, ou seja, diz-me que canais vês e dir-te-ei quem és. Temos canais que se dedicam a autenticas maratonas de 5 a 6 horas de telenovela (pessoal de Guantanamo se acham que isso aí é tortura é porque nunca viram TV em Portugal), isto é uma verdadeira lavagem cerebral e pelo meio somos bombardeados com tanta publicidade que nem sequer temos tempo para gemer. Tentar ver televisão hoje em dia é uma aventura com muitos riscos envolvidos (Idiota Jones e a Ultima Burrada), se não tivermos cuidado na nossa cruzada para encontrar um programa decente podemos eventualmente ficar com lesões cerebrais irreversíveis (Tenham o José Cid como referencia. Chicha, porra merda). Ainda no outro dia estava a ver as noticias e fiquei surpreendido, não fazia a mínima ideia que os blocos noticiosos também conseguiam ter elementos de comédia e sentido de humor! Falo da apresentação do CD do José Castelo Branco, foda-se! O problema nem é ele gravar um CD…o problema é haver pessoas que consideram aquilo musica e que o compram! Hoje em dia basta ser paneleiro e fazer figuras tristes na televisão para gravar um CD? Então em breve o Serginho, o Cláudio Ramos e o Goucha juntam-se e formam uma Gay’s Band. Mas o que é isto? Mas que merda vem a ser esta? Se até um deficiente mental (Zé Cabra) consegue fazer dinheiro com uns grunhidos, que eu só consigo imitar quando estou a cagar, então prepararem-se porque o pior ainda está para chegar! Felizmente este problema não nos afecta só a nós, é uma epidemia de proporções internacionais que até afecta os ditos países desenvolvidos, um laxante auditivo, o verdadeiro “brown noise”. Esta conversa já me está a dar a volta á barriga, por isso vou ali ao w.c. compor uma musica e já volto.

 

publicado por AZAGTOTH às 17:02 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me:
música: Dew-Scented - Turn To Ash