Crysis 2 - O Tormento Implacável
Ponto de situação: Ontem terminou uma das mais penosas e tortuosas escaladas, naquilo que é conhecido no meio como “xp grinding”. Falo de uma obsessão doentia que me consumiu a alma e me fez praguejar de uma forma tão infame que até o diabo ficaria corado. Falo como é óbvio (e o titulo não me deixa mentir) do modo online do Crysis 2, e a terrível caminhada até ao nível 50. Felizmente culminou ontem com inúmeras descargas quase orgásticas de serotonina e dopamina a invadirem-me o cérebro aquando da audição do tão afamado “pling” que anuncia a tão merecida platina. Ufa…horas e horas em sofrimento naquele jogo que conseguiu que eu descobrisse, e consequentemente categorizasse o jogo num novo género. Este jogo é claramente um fpk (first person knocker), e ao contrário dos seus congéneres (fps), este jogo fez com que uma vasta população de jogadores andasse a correr pelo cenário com o stealth activado e a distribuir fruta apenas com melee. Isto consegue levar a que qualquer pessoa considerada normal comece imediatamente a padecer de sintomas de agorafobia e a que esteja numa constante agonia a tentar descortinar as mais ligeiras nuances e movimentos em tudo o que nos rodeia. Num estado paranoico e com os olhos raiados de vermelho, a face completamente rubra e desfigurada, com ar de louco, a vociferar as mais insalubres e absurdas barbaridades, sim, era eu a fazer aquilo que mais gosto, num dos jogos mais abjectos de sempre. O modo offline está consideravelmente bom, mas assim que entramos no multiplayer, parece que atravessamos os portões do inferno. Detecção de colisão completamente imperdoável e outdated, kill cams que nos levam a questionar a nossa sanidade mental e a dar urros quase pré-históricos, uma física altamente questionável, granadas que desafiam todos os princípios científicos e matam um inimigo a 3 metros e poupam os que ficaram a 1 metro (ou então são granadas selectivas, merda para a discriminação). Ao menos este jogo veio colmatar uma lacuna no mercado dos videojogos, e destina-se aqueles que não sabem jogar um fps mas sempre o quiseram fazer, sim falo daqueles meninos com um kill\death ratio inferior a 1.0. Mas tenham calma meus amigos porque mais dia, menos dia os servidores vão a vida, e depois? Epa, não existem por aí mais jogos em que possam andar a correr invisíveis pelo mapa (pelo menos que eu conheça). A arma neste jogo acaba por ser um adereço, visto que a grande maioria dos jogadores raramente lhe dá o real uso e propósito para que foi concebida, ou seja, disparar. Enfim, mesmo após todas estas provações e de muitos ódios amigáveis, consegui masterizar o jogo e agora vou-lhe dar o merecido descanso. E que venha a antítese do Crysis, sê bem vindo Battlefield 3 \m/ \m/
